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Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.
Centro de Letras e Artes
Departamento de Teoria do Teatro
Crítica Teatral Ensaística (CTE - 2008.1)
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Crítica Teatral Ensaística (CTE - 2008.1)
6.4.08
Navegar é Preciso...
Navegando pelo blog do Mário Bortolotto, coisa que eu faço sempre e recomendo, acabei encontrando um blog que é especializado em quadrinhos. Talvez a grande maioria da turma, não se ligue neste tipo de arte. Sim, revista em quadrinho é uma forma de arte! Tem até um nome bacana que arranjaram, ARTE SEQUÊNCIAL. Pra mim, vai continuar a ser o bom e velho gibi. Claro, que a medida que envelhecemos os interesses passam a ser outros. Uma história da Turma da Mônica já não tem o mesmo sabor que costumava ter há alguns anos, embora não deixe de ler uma que por ventura me caia nas mãos. Leio até mesmo por uma questão afetiva. Coisa de saudosismo da infância, sei lá.
Mas retomando, hoje a arte sequêncial produz alguns títulos muito interessantes voltados para nós os “adultos” e, não é a toa que o filão vem sendo explorado pelo cinema à exaustão. Exemplo disso é que só para esse ano estão programadas as estréias de The Dark Knigth, o novo filme do Batman que vai valer a pena ser visto por se tratar do último trabalho do ator Heath Ledger, falecido recentemente. E ainda as estréias de Iron Man e o novo filme do Hulk.
Ok, você pode até dizer: mas, isso é Blockbuster, filme Holywoodiano, cinema-pipoca, etc. Pode até ser, mas mesmo para quem curte um filme-cabeça os quadrinhos dão conta do recado. Digo isso porque vale conferir o filme Persépolis, que mostra as aventuras e desventuras de uma jovem iraniana que vai viver na Áustria e sente na pele o choque entre as duas culturas, a islâmica e a européia.
O fato é que não podemos negar a importância dos quadrinhos, seja no Cinema ou até mesmo no Teatro. A nossa área, o Teatro, já se valeu deste material para montagens teatrais. É o caso das montagens de Pessoas Invisíveis do Grupo Armazém e o de Avenida Dropsie da Sutil Companhia de Teatro, isso só pra citar duas que me ocorreram agora. Ambas as peças foram montadas a partir dos quadrinhos de Will Eisner, quadrinista norte-americano que ficou conhecido mundialmente por sua série de quadrinhos do detetive-herói Spirit, lançados na década de 1940 e que faz sucesso até hoje. Em Avenida Dropsie e em Pessoas Invisíveis, Eisner retrata as suas impressões pessoais e experiências vividas por ele mesmo durante sua infância nos bairros pobres de Nova York, em meio às comunidades judaica, irlandesa e italiana. Quem teve a felicidade de ler essas histórias antes que elas fossem transpostas para o teatro teve uma grata surpresa ao reconhecer no palco as excelentes versões em carne e osso das personagens do autor norte-americano.
Mas todo esse texto foi uma boa desculpa para duas dicas:
http://blogdosquadrinhos.blog.uol.com.br/index.html (o tal blog que eu encontrei na página do Bortolotto) e
http://www.willeisner.com/ (em inglês) para conhecer um pouco do trabalho do mestre Will Eisner.
Ps.: Ainda na página do Mário Bortolotto (www.atirenodramaturgo.zip.net) você vai encontrar dois trechos do livro "Reino do Medo” do escritor Hunter Thompson que vale a pena ler.
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